Captação de Investimentos: O Que é, Como Fazer e Quais as Alternativas?
É provável que a sua empresa já precisou de recursos em algum momento, certo? Se isso ainda não aconteceu, saiba que pode vir a acontecer. Pensando nisso, conhecer as formas de captação de investimentos e saber analisar cada uma delas conforme o momento que você está passando, é ideal para salvar seus negócios nesses contextos ou se preparar para quando essa necessidade surgir, não é mesmo?
Preparamos esse artigo para te explicar um pouco sobre a captação de investimentos e as formas mais usadas para te ajudar quando essa necessidade surgir. Então vamos lá? Boa leitura!
Antes De Mais Nada, O Que Significa e Por Que Fazer a Captação de Investimentos?
Captar recursos significa buscar por aportes financeiros, ou seja, trazer dinheiro para dentro do caixa da empresa por diversos motivos. No caso dos investimentos, em geral, você entregará participação da empresa a alguém. Por isso, é tão importante se preparar com cautela para manter a sinergia do time, sem interferir nas atividades e resultados da empresa. Faz sentido, não é mesmo?
A captação de investimentos pode acontecer em diversos momentos da vida empresária. Quando ocorre no momento em que a empresa está crescendo, aplica-se o recurso para abertura de outras unidades, para a expansão da organização interna, para a compra de novos ativos ou para investir em P&D, por exemplo. Caso a empresa esteja estável e sem planos de crescimento, o recurso se aplica para dar continuidade às operações. Já quando a empresa está passando por desafios ou vivendo alguma crise, o valor pode ser usado para superar o momento difícil e transformar a realidade da empresa.
Essa necessidade também impacta no valor que será investido. Se a empresa é nova e ainda com poucas variáveis definidas, seu risco e incerteza são muito maiores, logo, o investidor cobrará mais para conceder o dinheiro. Por isso, é preciso avaliar a hora antes de captar dinheiro. Caso você tenha sucesso, será o dinheiro mais caro para você reembolsar, pois você deverá devolver, alcançando os resultados ou não.
Cada empresa define o motivo pelo qual vai captar investimentos. Mas isso deve ser muito bem planejado e aplicado, caso contrário, pode se tornar um problema tão grande para a empresa e o que seria ótimo para o seu desenvolvimento, pode se tornar o motivo do seu fracasso.
Por isso, entender o momento que sua empresa está passando e qual a real necessidade do recurso é fundamental. É sobre isso que falaremos abaixo. Vamos lá?
Quando Fazer a Captação de Investimentos?
Como vimos acima, o motivo pelo qual você fará a captação de investimentos pode variar, assim, não existe um momento específico para isso. Você, como dono da empresa, deve refletir sobre as necessidades da sua empresa no momento para assim pensar se vale a pena captar recursos ou não.
Por isso, antes de pensar se é o momento ou não, tenha claro o motivo pelo qual você precisa do dinheiro e se essa necessidade é relevante. Muitas empresas passaram a buscar de forma desesperada recursos durante a pandemia sem antes pensar se de fato era o que precisavam, mas acabaram cometendo erros.
Não adianta buscar recursos se o modelo de negócios ou o produto ainda não estão refinados, se há erros no controle financeiro, se as estratégias não estão trazendo resultados, se a gestão e o time não estão maduros para o investimento ou se você não sabe onde de fato vai aplicar o dinheiro.
Tenha claro que é quase inevitável que sua empresa cresça sem captar recursos junto a um investidor. E, em geral, ao captar investimentos, você não trará apenas dinheiro para o seu negócio, mas também, agregará valor através de network e expertise de mercado. Isso pode ser ainda mais necessário que o dinheiro para sua empresa.
Além disso, vale lembrar que você pode realizar várias rodadas de investimentos em diversos momentos da sua empresa. Mas tome cuidado para não diluir cada vez mais o seu percentual de participação.
Em resumo, só faça a captação quando necessário e com muito planejamento sobre como o dinheiro será usado, isso sobrará para você no futuro. Além disso, não economize no assessoramento na hora de captar investimentos e, principalmente, no valuation do seu negócio para que tudo ocorra de forma justa e não se torne dor de cabeça no futuro!
Quais as Formas de Captação de Investimentos Mais Comuns?
Os empresários, quando buscam investimentos, procuram o dinheiro mais barato possível, no momento certo, com os melhores parceiros e com uma negociação justa, mas isso exige muita preparação para que funcione, como vimos acima.
Se você está buscando investimentos, provavelmente, já se deparou com termos como investidores anjo, Seed Money, Smart Money e muitos outros. Conhecer as formas de captar investimento é ideal para o crescimento e sucesso de qualquer negócio. Faz sentido, não é mesmo?
Existem investidores de todos os tipos. Alguns mais agressivos e ousados e outros mais conservadores. Alguns que querem um retorno imediato e outros que tem maiores expectativas a médio e a longo prazo. Abaixo, vamos listar as principais formas de captação de investimentos. Então vamos lá?
As Principais Formas de Captação de Investimentos
O Bootstrapping
Em geral, as empresas começam com essa forma de investimento. Através do bootstrapping, é o próprio responsável pelo negócio quem investe, ou seja, não há investidores externos e a empresa não é dividida com outras pessoas. Por ser um investimento próprio, não há dependência ou endividamento com terceiros. Legal, não é mesmo?
Porém, não são todas as empresas que podem investir por meio de bootstrapping, por isso, é preciso conhecer outras opções. Abaixo veremos algumas delas. Vamos lá?
O Investimento-Anjo
O investimento-anjo acontece quando pessoas físicas destinam seu dinheiro próprio para empresas novas com o objetivo de alavancar seu crescimento. Em geral, os investidores-anjo procuram negócios com alto potencial de retorno, afinal, arcam com o risco de investir em empresas em estágio inicial, e oferecem, além do dinheiro, a aplicação de conhecimentos, de experiência e de network. Legal, não é mesmo?
Nesse caso, em geral, o investidor assume uma participação minoritária na empresa e tem participação ativa na gestão da empresa. Os investidores buscam empresas inovadoras, com alto potencial de escala e com amplitude de mercado, além de empreendedores motivados e que gostam do que fazem.
Para conseguir captar recursos através de investidores anjo, sua empresa deve ter em mãos um plano de negócios que explique as aplicações do recurso, qual será o retorno, quando será a entrada e a saída do investimento, pois, na maioria dos casos, os investidores não querem se tornar sócios e esperam uma saída depois de 3 a 5 anos.
O investimento-anjo é um dos mais comuns e, além de fornecer capital, agrega muito valor ao negócio com seu know-how, experiência e networking, apesar de não fazer parte da empresa. Em geral, investem de 50k a 500k.
Muitas vezes, o investimento-anjo vem de amigos e de familiares, o que implica em taxas de juros e burocracias bem menores. Porém, isso exige cuidado para não misturar as relações pessoais com as profissionais.
O Capital Semente ou o Seed Money
O capital semente vem de pessoas físicas ou jurídicas e serve para apoiar a implementação e a organização de operações, ajudando a capacitar gerencial e financeiramente o negócio. Em geral, se aplica em empresas que tenham produtos no mercado e um razoável faturamento ou que desejam viabilizar um novo serviço ou novo produto.
O capital semente pode ser aplicado no estágio de concepção, de criação de protótipos, no estágio inicial ou na fase de crescimento, ou seja, mais em suas fases iniciais, porém, mais avançadas que as empresas buscadas por investidores-anjo.
Em geral, o capital semente é de 500k a 2M.
As Incubadoras e as Aceleradoras
As incubadoras focam na criação e no desenvolvimento de pequenas empresas, através do apoio na modelagem do negócio, nas técnicas de apresentação, no acesso a recursos e nas fases iniciais da empresa até seu lançamento no mercado. Incrível, não é mesmo?
Já as aceleradoras são um tipo específico e mais complexo de incubadoras. As aceleradoras oferecem consultoria e treinamento visando aprimorar e acelerar o crescimento da empresa por um curto período em troca de participação acionária, tanto em questões financeiras, quanto gerenciais.
Um Novo Sócio
Com uma sociedade, você encontrará um parceiro de negócios que tenha capital e acredite no seu negócio. O sócio terá participação nos lucros do negócio e, em geral, estará presente na empresa, pois comprará uma parcela da empresa em troca da aplicação de seus recursos.
Em alguns casos, o sócio pode ser apenas um investidor e optar por não fazer parte da gestão do negócio.
Antes de buscar um novo sócio, veja se faz sentido inserir uma nova pessoa no quadro societário, pois a vida em sociedade nem sempre é fácil e a autonomia e a independência que você tem pode ser comprometida.
O Venture Capital
No caso do venture capital, o investidor compra uma participação acionária com o objetivo de que as ações valorizem, por isso, busca negócios com alto potencial, mesmo que com elevado risco. Essa é uma forma mais complexa de captação que envolve elevada rentabilidade, porém, elevado risco.
Em geral, esses investidores buscam empresas de pequeno ou de médio porte, com um faturamento expressivo e servem como alavanca para o negócio ser ainda melhor e mais valorizado, mesmo que não se envolva tanto na operação. Faz sentido, não é mesmo?
Ao final do período de investimento, o investidor vende de volta sua participação para a própria empresa ou para outros investidores. Em geral, o investimento parte de 2M.
O Private Equity
Private Equity são fundos maiores que buscam empresas grandes que faturam mais de R$ 100 milhões ao ano e que estão em processo de consolidação no mercado com o objetivo de abrir capital na bolsa ou realizar fusões e aquisições.
O Venture Building
Venture Building é uma mistura entre as incubadoras, as aceleradoras e o venture capital e oferece o planejamento estratégico, a captação de recursos e a estrutura física para ajudar a construir o negócio. O Venture Building se responsabiliza pela obtenção de capital e recursos humanos para a empresa, pela divulgação da empresa e muito mais!
O Smart Money
No caso do smart Money, além do dinheiro, o investidor vem com seu network e seu conhecimento de mercado, o que pode aumentar muito as chances de sucesso do negócio. Muito bom, não é?
Em todos os casos, mas principalmente nesse, escolha um investidor entusiasta do negócio que conhece bem o segmento da empresa. Dessa forma, as contribuições serão muito maiores.
O Financiamento Bancário
No caso do financiamento bancário, a captação de recursos é realizada a partir de instituições financeiras públicas ou privadas. Para isso, a empresa precisa estar em atividade e, em algumas instituições, o crédito só é concedido após 2 anos de operação.
Apesar de ser uma boa opção por ser seguro e sem perda de participação acionária, os financiamentos bancários nem sempre são viáveis, pois conseguir um empréstimo não é tarefa fácil e, em geral, as taxas são altas. Por isso, faça os cálculos com calma e analise as opções de cada instituição.
O Banco Nacional do Desenvolvimento é uma forma muito econômica, pois os juros praticados são mais atrativos.
O Empréstimo Peer-to-Peer
O empréstimo peer-to-peer funciona como uma fintech de crédito em que o crédito é feito de pessoa para pessoa em plataformas, sem o intermédio de instituições bancárias e com menos burocracias e taxas. Muito bom, não é mesmo?
A própria plataforma faz a intermediação entre as duas pessoas de forma online e se encarrega de recolher e repassar o dinheiro envolvido. Em geral, os investidores são pessoas físicas e os tomadores são empresas ou pessoas físicas.
A Subvenção Econômica
Na subvenção econômica, é feito um apoio financeiro na empresa por meio de recursos públicos e não reembolsáveis, o que significa o compartilhamento de riscos e de custos. Nesse caso, em geral, os negócios são focados em soluções públicas e, em troca, é passada uma porcentagem da propriedade intelectual do que for criado.
O Crowdfunding
Crowdfunding ou financiamento coletivo é um modelo de doação em que os doadores não têm direitos sobre as empresas nas quais investem e tudo acontece de forma online, com alta visibilidade e a juros baixos. Funciona como uma “vaquinha virtual” onde você cadastra a empresa e recebe os investimentos. Além disso, existe uma comprovação de mercado e um feedback imediato. Incrível, não é mesmo?
Em alguns casos pode acontecer o equity crowdfunding no início das empresas e o investidor aplica seu dinheiro em troca de pequenas participações acionárias e, em alguns casos, passa a atuar na curadoria do projeto visando ampliar seu crescimento e o interesse de outros investidores em troca de ações.
O IPO
IPO significa Initial Public Offering, ou seja, Oferta Pública Inicial. Este é um processo em que as empresas iniciam a negociação de suas ações na bolsa de valores. Dessa forma, podem aparecer vários sócios e recursos para a empresa.
Conclusão Sobre Captação de Investimentos
Captar recursos é essencial para que a empresa seja sustentável no longo prazo, seja para superar momentos difíceis, fomentar o crescimento ou manter a estabilidade do fluxo de caixa e do capital de giro. Para isso, a empresa deve se mostrar atrativa para que os investidores tenham interesse e não sejam prejudicados.
Para fazer uma captação de investimentos eficiente, determine a quantia necessária, o que será ofertado em troca e como a empresa pretende usar o dinheiro.
Independente da forma de captação de investimentos escolhida é muito importante estar atento a todas as opções para quando a necessidade surgir. Mas essa relação deve ser benéfica também para o investidor. Por isso, saiba apresentar com entusiasmo e explicar as vantagens que garantirão um retorno financeiro favorável. Você colocaria seu dinheiro em algo que não conhece? Tenho certeza que não. Por isso, seja transparente e aponte os riscos e as formas de mitigá-los.
Você deve se preparar e se destacar em relação aos demais. Para isso, você deve ter um plano de negócios estruturado com todas as informações atuais e futuras da empresa. Isso mostra como você tem gerido e qual o seu objetivo com ela. É importante que você prepare um pitch e tenha um discurso na ponta da língua que mostre os pontos fortes da empresa. Com isso em mãos, hora de procurar os investidores, fazer networking e persistir, lidando bem com as respostas negativas e melhorando o discurso de convencimento. É um processo lento, mas muito promissor.
Por fim, para convencer investidores você precisará de comprovar o motivo por trás do valor com base em dados e em evidências reais. Além disso, se for preciso recorrer a créditos/financiamentos ou renegociar as dívidas, será preciso comprovar a capacidade de pagamento e os planos de expansão do mercado através da avaliação.
O Que é o Laudo de Avaliação Necessário Para a Captação de Investimentos?
O Valuation ou a Avaliação de Empresas é o cálculo para estimar o valor de um negócio ou de uma empresa através de métodos quantitativos para analisar a situação financeira e as perspectivas de crescimento daquele negócio. Saber o valor da empresa é o primeiro passo para conseguir o tão sonhado investimento.
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