Avaliação Do Desempenho De Uma Empresa Através Dos Índices De Liquidez
Na área das ciências contábeis, a liquidez significa a velocidade ou a facilidade com a qual um ativo se converte em caixa, isto é, em dinheiro. Por isso, já deu para perceber que as empresas com maior liquidez, são melhores do ponto de vista financeiro, certo? Então onde entram os índices de liquidez?
No artigo de hoje vamos apresentar o que são e 4 importantes índices de liquidez.
Então vamos lá? Boa leitura!
O Que São Índices De Liquidez?
Os indicadores ou os índices de liquidez avaliam a capacidade de pagamento da empresa diante de suas obrigações e suas dívidas. Logo, quanto maior a liquidez, melhor é a saúde financeira da empresa. Faz sentido, não é?
Com base nos índices de liquidez é possível tomar decisões gerenciais necessárias, corrigir erros que prejudiquem o desempenho dos negócios e aproveitar melhor as oportunidades.
Assim, eles representam instrumentos básicos para analisar o Balanço Patrimonial de uma empresa, ao buscar fatores positivos e negativos sobre a saúde financeira, econômica e administrativa das empresas. Por isso, eles ajudam a avaliar qual a capacidade de pagamento da empresa quando comparada às obrigações de forma a otimizar os recursos.
A análise dos índices constitui a técnica de análise mais empregada nos dias de hoje, e deve ser analisada com muita cautela pela empresa de forma a conseguir arcar com suas obrigações e gerar resultado, mas também, para quem deseja comprar uma empresa em operação.
Do mesmo modo que um médico usa certos índices para avaliar a saúde de um paciente, como pressão e temperatura, os índices financeiros permitem construir uma análise da saúde financeira de uma empresa, que interferem bastante na avaliação da mesma.
Abaixo, vamos mostrar os principais índices de liquidez usados. Vale lembrar que todos os valores necessários para calcular tais índices estão presentes no Balanço Patrimonial da empresa. Então vamos lá?
Liquidez Geral
Vamos começar com a liquidez geral. Ela avalia a situação de curto, de médio e de longo prazo de uma empresa, incluindo no cálculo os direitos e as obrigações além dos próximos 12 meses.
Podemos calculá-la, através da fórmula:
LIQUIDEZ GERAL (LG) = (Ativo Circulante + Realizável a longo prazo) / (Passivo Circulante + Exigível a longo prazo)
Para alinhar os conceitos, o ativo ou passivo circulante são referentes ao curto prazo. No caso dos ativos, são aqueles que podem ser convertidos em dinheiro em até 1 ano. Já os passivos são as obrigações que devem ser pagas dentro de um ano.
De uma forma resumida, a liquidez geral indica quanto a empresa possui de ativo para pagar suas dívidas do passivo tanto no curto, quanto no médio e no longo prazos.
Como vimos, quanto maior a liquidez, melhor.
Quando o resultado é maior do que 1, significa que a empresa tem capacidade de pagar todas as suas dívidas e ainda dispõe de uma certa “folga”, concluindo-se então que a empresa tem condições financeiras satisfatórias.
Para índices menores do que 1, é possível verificar que a empresa tem problemas de pagamento a curto prazo ou, em casos mais sérios, demonstra insolvência.
Entendeu? Então vamos para o próximo!
Liquidez Corrente
Já a liquidez corrente avalia a capacidade da empresa de pagar as suas obrigações no curto prazo, ou seja, no período de até 1 ano.
Sua fórmula é:
LIQUIDEZ CORRENTE (LC) = Ativo Circulante / Passivo Circulante
De uma forma resumida, a liquidez corrente indica quanto a empresa possui de ativo para pagar as suas dívidas do passivo no curto prazo.
Quanto maior a liquidez, melhor.
Se o resultado obtido for maior do que 1, existe uma folga no curto prazo para arcar com as obrigações ou para uma possível liquidação das mesmas. Em contrapartida, índices menores do que 1 demonstram que a empresa não teria recursos disponíveis para as obrigações do curto prazo, caso fosse preciso quitá-las. Pelo óbvio, resultados iguais a 1 significam que os valores dos direitos e obrigações de curto prazo são equivalentes. Faz sentido, não é? Então vamos para o próximo!
Liquidez Seca
A liquidez seca, por sua vez, avalia a capacidade da empresa de pagar as suas obrigações no curto prazo, ou seja, no período de até 1 ano, sem considerar o valor dos estoques já que estes ainda não foram vendidos, logo, tem menor liquidez comparado com os demais.
Sua fórmula é:
LIQUIDEZ SECA (LS) = (Ativo Circulante – Estoques) / Passivo Circulante
De uma forma resumida, a liquidez seca indica quanto a empresa possui de ativo líquido para pagar suas dívidas de curto prazo (passivo circulante), desconsiderando o valor de seus estoques.
O resultado deste índice será sempre menor que o de liquidez corrente, sendo cauteloso em relação aos estoques para a liquidação de obrigações, já que depende da venda se concretizar. Em empresas que não trabalham com estoques, o índice será igual à liquidez corrente.
Este é um índice que visa medir o grau de excelência da situação financeira. Mais uma vez, quanto maior, melhor.
Se o resultado for maior que 1, existe uma folga no curto prazo para arcar com as obrigações ou para uma possível liquidação das mesmas, independente da concretização de vendas dos estoques. Em contrapartida, índices menores do que 1 demonstram que a empresa não teria recursos disponíveis, desconsiderando estoques, para as obrigações do curto prazo, caso fosse preciso quitá-las.
E aí, alguma dúvida? Não? Então vamos para o último dos índices!
Liquidez Imediata
Por último, a liquidez imediata avalia a capacidade da empresa de pagar as suas obrigações no curto prazo, ou seja, no período de até 1 ano, ao considerar apenas as suas disponibilidades, isto é, o caixa, os saldos em bancos e as aplicações financeiras de liquidez imediata. Por isso, é considerado o mais conservador entre os demais índices.
Sua fórmula é:
LIQUIDEZ IMEDIATA (LI) = Disponibilidades / Passivo Circulante
De uma forma resumida, a liquidez imediata indica quanto a empresa possui de forma imediata para quitar as suas obrigações de curto prazo, logo, é um indicador muito importante para avaliar a situação de curtíssimo prazo da empresa.
Se o resultado for maior que 1, existe uma folga no curtíssimo prazo para arcar com as obrigações. Em contrapartida, índices menores do que 1 demonstram que a empresa não teria recursos disponíveis de forma imediata, para as obrigações do curto prazo, caso fosse preciso quitá-las.
Tal resultado tende a ser baixo, visto que em geral, as empresas não costumam dispor de excesso de capital em caixa. Além disso, o que está em caixa é o que mais se movimenta, o que torna tal índice muito volátil.
São esses os principais índices de liquidez. Mas como analisá-los? É isso que vamos ver abaixo!
Como Analisar Os Índices De Liquidez?
Como vimos, os índices de liquidez mostram a situação financeira da empresa, medindo a quão sólida ela é. Bons índices de liquidez, isto é, maiores do que 1 demonstram que a empresa tem boa capacidade de pagar as suas dívidas, o que mostra que a gestão é boa e a empresa pode ser um bom investimento para potenciais compradores ou investidores, apresentando capacidade de gerar caixa e novos reinvestimentos. Faz sentido, não é?
Para acompanhar o desempenho da empresa, é preciso comparar os resultados atuais com os obtidos anteriormente, verificar como a empresa desempenhou no último período, bem como o que melhorou ou piorou desde então. Outra dica é comparar com os índices de concorrentes para avaliar a posição da sua empresa.
Para uma análise mais profunda, é aconselhável o uso dos quatro índices de forma simultânea e comparativa.
Além disso, para que os índices sejam precisos, os dados obtidos do Balanço Patrimonial devem estar atuais, corretamente classificados, estruturados e organizados.
Variações destes índices são motivos de estudo para os gestores de empresas. O ideal é observar a variação anual e com certa periodicidade de data para evitar distorções de épocas diferentes.
Conclusão Sobre Os Índices De Liquidez
Como vimos, os índices são ferramentas que geram dados poderosos para que o processo de decisão seja cada vez mais assertivo e bem fundamentado. Bem como para sustentar a continuidade da empresa, o que propicia a possibilidade de transformar os dados em ganhos para a empresa. Incrível, não é?
Porém, esses dados não servem apenas para a empresa: quando um empreendedor pensar em investir em uma empresa, ele deve considerar os índices de liquidez.
Estes mostrarão a capacidade da empresa em quitar as suas obrigações de imediato ou de longo prazo e com isto sua capacidade de gerar caixa. Logo, será possível avaliar se a compra será ou não um bom negócio.
Isto mostra para os empresários que na hora de vender sua empresa, um balanço patrimonial bem estruturado com a correta classificação das contas pela Contabilidade será um diferencial e terá como consequência uma melhor transparência, confiabilidade, segurança e facilidade para o grupo comprador tomar as decisões de comprar ou não sua empresa. Faz sentido, não é?
Porém, essa não é a única ferramenta para avaliar a situação financeira de uma empresa. É preciso levar em conta o tipo de atividade, bem como outros indicadores.
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