Por Trás Das Metodologias De Avaliação De Grandes Empresas
A avaliação de grandes empresas não é uma tarefa fácil. São exigidos conhecimentos estratégicos, técnicos, do setor de atuação e das condições nas quais a empresa se encontra, bem como certa sutileza de mercado. Por isso, é ideal contratar profissionais, que já tem expertise e conhecem as melhores técnicas. Faz sentido, não é?
Existem vários métodos para calcular o valor de uma empresa e a escolha dos mais adequados para cada tipo de negócio é ideal para que a avaliação tenha credibilidade em um processo de venda de uma empresa, bem como para fins gerenciais.
Neste artigo, vamos explicar quais são os métodos mais utilizados na hora de fazer a avaliação de grandes empresas e a importância de conhecê-los para decidir quais são mais adequadas para cada setor. Você já os conhece?
Vale lembrar que estes métodos não são os mais adequados para empresas pequenas. Se você é um pequeno empreendedor, leia nosso artigo sobre a avaliação de pequenas empresas e o método BuyCo. Basta clicar aqui.
Caso contrário, continue com a leitura do artigo para conhecer os três métodos aplicados para as grandes empresas.
Então vamos lá? Boa leitura!
O Que É A Avaliação De Grandes Empresas E Quais Os Métodos Principais?
Mais conhecida como Valuation, a avaliação de grandes empresas é o processo que permite estimar o valor de um negócio. Nessa avaliação são usados modelos quantitativos para analisar a situação financeira e as perspectivas de crescimento do negócio.
Como vimos no artigo Avaliação de Empresas: conheça o valor do seu negócio, o processo é fundamental para a compra e a venda de empresas, mas também para fins gerenciais. Legal, não é?
Vimos que esse processo não é restrito às grandes empresas, sendo indispensável também para os pequenos empresários.
Hoje vamos abordar os 3 métodos mais utilizadas para avaliar as grandes empresas. São elas: o Fluxo de Caixa Descontado, os Múltiplos de Mercado e o Valor Patrimonial. Veremos abaixo todas as particularidades e as relevâncias de cada uma delas para cada tipo de empresa. Vamos lá?
Fluxo de Caixa Descontado (FCD)
O método de avaliação de empresas com base no Fluxo de Caixa Descontado (FCD) é uma análise fundamentalista que tem como base as projeções econômico-financeiras de longo prazo de uma empresa.
Este é um dos mais sofisticados e completos métodos de Avaliação de Empresa, e é também o método mais complexo de avaliação. Isso porque ele envolve os fatos históricos, os ativos, os lucros, as projeções, os clientes, a marca, o risco, entre outros. Basicamente, envolve uma linha extensa de conhecimentos e trabalha com projeções futuras.
Além disso, esse método permite verificar tanto os ativos tangíveis, quanto os intangíveis, bem como as perspectivas de crescimento e de geração de valor. Por isso, é um dos métodos mais utilizadas.
Por meio do fluxo de caixa descontado é possível identificar os principais fatores de criação de valor e a sensibilidade do valor da empresa a cada um desses fatores.
A avaliação pelo FCD é capaz de trazer a valor presente, mediante uma taxa de desconto, a capacidade da empresa de gerar riquezas no futuro. Isso porque esse método considera o valor do dinheiro no tempo. Legal, não é?
Tal taxa de desconto ou WACC (Weighted Average Cost of Capital), que representa o custo de capital da empresa.
Esse processo é feito levando em consideração os investimentos feitos em seus ativos operacionais, o seu custo de capital e os riscos do negócio.
Geralmente essa projeção é para os próximos 5 anos, podendo ser mais ou menos tempo, variando de acordo com o nível de previsibilidade da receita.
Para calcular o valor de uma empresa pelo método do Fluxo de Caixa Descontado passamos por quatro etapas principais que veremos abaixo. Vamos lá?
Etapas de Cálculo do Fluxo de Caixa Descontado:
Para calcular o fluxo de caixa descontado, é preciso:
- Calcular o fluxo de caixa: estimar para todos os anos da projeção o fluxo de caixa livre, isto é, a quantia de dinheiro que a empresa gera em cada exercício após descontar todos os seus gastos;
- Determinar a taxa de desconto: ou seja, o custo de capital de acordo com as oportunidades de investimento, os custos de financiamentos e os riscos inerentes à atividade da empresa;
- Calcular o valor presente de todos os fluxos: utilizando modelos e aplicações matemáticas, como forma de trazer os valores encontrados no fluxo de caixa para o valor presente, através da taxa de desconto.
- Estimar o valor residual da empresa: isto é, o valor da perpetuidade da empresa contemplando o valor dos bens e do negócio ao final de sua vida útil.
Pronto! Com tudo isso calculado, é preciso somar os fluxos de caixa da projeção com o valor da perpetuidade para chegar ao valor da empresa. Legal, não é?
As suas vantagens são: refletir os riscos e a capacidade de gerar caixa no longo prazo. Em contrapartida, a sua desvantagem é utilizar muitas variáveis independentes que podem carregar subjetividade.
Tal método se aplica a empresas com geração de caixa positiva e com certa maturidade de mercado.
Como citado, esse método não se aplica a pequenas empresas. Também não se aplica para empresas em seu estágio inicial, uma vez que estas não possuem dados históricos para a projeção se tornar confiável.
Entendido? Vamos para o próximo!
Múltiplos de Mercado
Em conjunto com os métodos financeiros, o método de Múltiplos de Mercado torna necessário fazer uma análise comparativa do desempenho econômico de empresas similares do mercado ou de transações já realizadas. Faz sentido, não é?
Logo, esse método se aplica se os ativos são similares e comparáveis, bem como, quando existe a necessidade de uma análise mais rápida e fácil.
Existem diversos tipos de múltiplos. A escolha dos múltiplos se dá conforme cada tipo de empresa. Porém, o método requer alguns cuidados. Confira!
Cuidados ao Utilizar Múltiplos de Mercado Para Avaliação de Grandes Empresas:
Os principais cuidados ao utilizar o método dos múltiplos são:
- Os valores devem seguir um padrão. Sendo assim, para calcular o múltiplo preço/lucro líquido, você precisa encontrar o preço por ação e o lucro por ação, por exemplo;
- O setor deve ter vida útil para um certo tempo, pois deve-se garantir o payback de compra;
- Localização e Instalações: este fator determina a dependência do local, sua estratégia de venda e o valor e o tempo necessário para a troca dos ativos imobilizados.
Lembre-se: não existem empresas idênticas, por isso é preciso encontrar empresas bem similares, evitando divergências em relação às perspectivas futuras. Faz sentido, não é?
Trata-se de um método simples e fácil de utilizar, sendo muito útil como comparação quando escolhido junto com outros métodos de avaliação.
A avaliação por múltiplos apresenta valores muito próximos ao valor de mercado das empresas similares, no entanto, pode não ser o valor mais próximo ao que realmente vale o negócio, já que o método se limita à comparação de mercado. Porém, sem dúvidas, ele não descarta o uso em conjunto com outros métodos. Então, não se esqueça disso!
Apesar de refletir a expectativa de retorno esperado pelo mercado para um grupo de ativos, o método não considera os diferenciais competitivos, os estilos de gestão e a escala.
Além disso, por ser uma análise comparativa com outras empresas, a avaliação pode gerar resultados distorcidos caso haja mudança de fatores não relacionadas ao desempenho dessas empresas.
É o método ideal para empresas com elevada concentração na carteira de clientes ou pertencentes a um mercado com baixa concorrência. Além disso, é muito usado para empresas que serão negociadas em parcelas, de forma a atrelar parte do pagamento ao desempenho da empresa.
Entendido? Vamos para o último deles então!
Valor Patrimonial ou Contábil
A avaliação pelo método do valor patrimonial se dá através da estimativa do patrimônio líquido. Legal, não é?
O método atualmente é obsoleto, pois não retrata a real lucratividade do negócio e o futuro da empresa. Por ser um método baseado na contabilidade, é pouco usado em negociações.
Além disso, sabemos que patrimônio e valor de venda são coisas bem distintas e ciências bem diferentes em sua complexidade.
Para chegar ao valor patrimonial contábil de um negócio, basta somar todos as contas dos seus ativos circulantes (o caixa, os valores a receber de clientes, as despesas antecipadas etc.) e não circulantes (os imóveis, as máquinas, o estoque, os equipamentos, os veículos etc.) e subtrair as dívidas e outras obrigações presentes em seu passivo circulante e não circulante (as obrigações trabalhistas, os fornecedores, as obrigações tributárias etc.). Simples, não é?
O método demonstra todo o valor líquido gerado pela empresa até o momento da valoração, porém, não considera a continuidade da empresa nem a sua capacidade de adquirir novos contratos, novos clientes ou aumentar vendas, bem como, a sua capacidade de criar valor, uma vez que reflete apenas o seu desempenho histórico.
É mais adequado para empresas com baixa utilização da capacidade produtiva, pertencentes a mercados estagnados e sem perspectiva de melhora. Faz sentido, não é?
E aí, entendeu tudo sobre os três métodos para avaliar grandes empresas? Se ficou alguma dúvida, basta deixar abaixo.
Conclusão Sobre a Avaliação de Grandes Empresas
Como você viu, existem diversos os métodos para avaliar empresas. Então, a escolha do mais ideal é fundamental para o sucesso da avaliação.
Se você é um pequeno ou médio empreendedor, avalie sua empresa com a BuyCo. Nosso método é gratuito, comprovado e 100% digital. Então conte com a gente! Por isso, para saber mais, basta clicar no botão abaixo:
ACESSAR A CALCULADORA DE VALUATION
Caso sua empresa tenha um porte maior, não se preocupe. A BuyCo. já criou soluções para te atender. Quer saber mais? Então é só clicar aqui e entrar em contato!