Lucro Líquido ou EBITDA: Qual o Melhor Indicador de Resultado
É provável que você já tenha escutado falar sobre o lucro líquido ou o EBITDA, certo? Esses são os dois índices de desempenho e análise de resultados mais usados, mesmo que não sejam os mais completos e possuam certas limitações.
E aí, você sabe o que eles significam, como calculá-los e quais as diferenças entre eles? Neste artigo vamos explicar tudo isso e indicar qual a métrica de resultado mais adequada para análise de desempenho das empresas.
Então vamos lá? Boa leitura!
O EBITDA
O EBITDA é um índice que mostra o potencial de geração de caixa operacional de uma empresa. Sua sigla significa Earning Before Interest, Taxes, Depreciation and Amortization (Lucro Antes dos Juros, Impostos, Depreciação e Amortização – LAJIDA).
Ele é a diferença entre as receitas e os custos e as despesas da operação, sem as deduções de depreciação, de despesas financeiras com juros, de amortização e de impostos sobre o lucro.
É um índice internacional de desempenho operacional de uma empresa e é muito usado nos mercados financeiros e de capitais, em empresas de médio/grande porte, em empresas de capital aberto, em operações de fusões e aquisições, nos conselhos, pelos investidores e analistas de mercado e em todos os tipos de instituições financeiras.
Porém, possui limitações, visto que não leva em consideração o pagamento de impostos sobre a renda (IR+CSLL) e a estrutura de capital. Além disso, também desconsidera os efeitos da depreciação e da amortização.
O não lançamento destas contas gera um valor que fica bem distante da distribuição de lucro e dos resultados reais apresentados. Pode ocorrer de uma empresa com EBITDA positivo apresentar prejuízo, caso as deduções desconsideradas por ele forem maiores que seu valor.
Por isso, deve-se tomar cuidados ao usá-lo por ele não ser um número muito preciso. Sua análise isolada traz o risco de interpretações errôneas.
Para usar o EBITDA, é preciso padronizar a comparação entre resultados de empresas de países diferentes. Isso porque a legislação de tributação é diferente em cada país.
Métricas que não levam em consideração o pagamento de impostos não se aplicam ao mercado brasileiro devido a elevada carga tributária, maior que em outros mercados. Assim, o resultado das empresas brasileiras acaba ficando “maquiado” em comparação a outros países.
O Lucro Líquido
O conceito de Lucro Líquido é mais objetivo, pois esse é um índice do resultado contábil final de uma empresa. Nele, já estão subtraídas as despesas financeiras, os impostos sobre a renda, a depreciação e a amortização. Assim, ele mostra o que a empresa gera, já considerando todas as suas obrigações. Legal, não é mesmo?
Ele é a rentabilidade da empresa em suas operações, refletindo melhor a realidade contábil líquida. Para calculá-lo, deve-se deduzir do EBITDA a depreciação, a amortização, os juros e os impostos.
O Lucro Líquido, índice de resultado muito falado em pequenas empresas (faturamento de até 10M/ano), tem uma precisão superior ao do EBITDA, porém, também tem importantes limitações uma vez que também não leva em consideração os investimentos necessários em ativos fixos, em ativos intangíveis e no capital de giro.
O lucro líquido é, portanto, o ganho que se obtém depois de realizar os descontos correspondentes ao pagamento de toda a cadeia tributária, dos custos e de todas as despesas operacionais necessárias para operação plena do negócio. Trata-se do lucro concreto que a empresa recebe em mãos. Faz sentido, não é mesmo?
Mas, Se Ambos Têm Suas Limitações, Qual a Solução Então: Usar O Lucro Líquido ou O EBITDA?
Devemos usar ambos de forma complementar para uma análise mais assertiva. Faz sentido, não é mesmo? Porém, o método ideal para avaliar a rentabilidade de um negócio é calcular o Fluxo de Caixa Livre, ou seja, o que sobra após pagamentos de todas as obrigações, incluindo-se aí TODOS os impostos, as despesas financeiras, a amortização e, principalmente, as dívidas e os investimentos, inclusive o capital de giro.
De novo, a definição de fluxo de caixa livre é o que sobra na geração de caixa das empresas após pagamento de todas as obrigações. Portanto, a real fonte para o pagamento de dividendos é a geração de caixa livre e não o lucro líquido (apesar de contabilmente a acumulação de lucros contábeis ser a fonte para o pagamento de dividendos). Empresas que não têm a capacidade de gerar caixa livre de forma sustentável têm ou terão problemas para distribuir os dividendos.
Como a aplicação do método do fluxo de caixa descontado é complexa e requer a definição de cenários para o negócio para pelo menos, os próximos 5 anos, as empresas acabam usando os múltiplos de Lucro Líquido (nas pequenas empresas) e de EBITDA (nas médias empresas) que garantem maior simplicidade de cálculo. Por isso, como falamos, esses são os métodos mais comuns, mas não necessariamente os mais completos e adequados.
Mas não devemos descartar o uso dos dois índices. Eles têm valor, só não podem ser as únicas fontes de dados para a tomada de decisão e a análise de resultados de uma empresa. Por isso, vale buscar sempre calcular os rendimentos mais próximos da realidade e com o máximo de dados possível, afinal, quem disse que definir o valor e o resultado de um negócio deve ser simples, não é?
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