Mercado de Bicicletas: Um Dos Mais Aquecidos da Atualidade
Um mercado muito aquecido durante a pandemia foi o mercado de bicicletas. Isso se deu por diversas razões: as pessoas buscando uma atividade física em ambientes abertos, já que as academias foram fechadas em função da pandemia, os pais buscando entretenimento para os filhos, que passaram a ficar mais em casa, as pessoas buscando um meio de transporte alternativo aos públicos para evitar aglomerações, ou mesmo, a conscientização do uso de bikes para contribuir com a saúde e o meio ambiente.
Por isso, o somatório de todas essas razões e muitas outras não podia ser diferente: o mercado de bicicletas estava muito aquecido durante a pandemia do corona vírus.
Entretanto, no pós pandemia, mais especificamente em 2022, o mercado sofreu uma retração, tanto em produção, como em vendas. E para o ano de 2023, o único crescimento previsto é no faturamento das empresas, o que deve refletir no preço médio de bicicletas.
No artigo de hoje, vamos fazer um panorama completo do mercado de bicicletas, apontando, as tendências e as oportunidades para o ano de 2023. Então, vamos lá? Boa leitura!
O Mercado de Bicicletas
A bike é uma excelente opção de locomoção, pois tem valor bem mais acessível do que as motocicletas e ainda contribui para a saúde e para o meio ambiente, já que não poluem. Essa conscientização favoreceu muito o aquecimento do mercado de bikes.
Em 2019 e início de 2020, o aquecimento da economia, causado pela baixa das taxas de juros e a queda da inadimplência dos consumidores, estimulou a compra de bikes, e o esperado era um crescimento de 7,3% da produção em 2020. A importação, em 2019, foi 36,3% inferior ao acumulado em 2018, o que indica o crescimento da indústria nacional.
No Brasil, muitas pessoas já estavam trocando seus carros pela bike devido a fatores como os engarrafamentos no trânsito, o transporte público deficiente, a poluição e a busca por uma vida mais saudável. A pandemia do Covid-19 resultou em uma maior adesão às bikes, visto que o uso destas, como meio de transporte, foi uma forma de evitar aglomeração durante a reabertura gradual das cidades já que os transportes públicos podem ser mais suscetíveis às contaminações e são poucas as pessoas que tem o carro próprio.
Além disso, as pessoas estavam procurando, também, alternativas de lazer ou de exercícios físicos de forma segura, com distanciamento e em espaços abertos e arejados, visto que as academias e os clubes ficaram fechados por determinado período, fazendo com que as pessoas ficassem sem opções para as práticas esportivas.
Muitos pais compraram bikes para seus filhos que passaram a ficar mais em casa e com menos contato com outras crianças, como forma de entretenimento e prática saudável fora de casa, mantendo todos os protocolos de segurança da pandemia.
E Como Ficou o Mercado Em Um Cenário Pós Pandemia?
O mercado de bikes havia avançado na mobilidade, mas por outro lado, foi um mercado que inovou pouco e demonstrou ter um déficit em relação à novidades. A linha de bikes de 2021 para 2022 não mudou quase nada e a indústria de bicicletas fica na fila de espera de matéria prima, atrás de outros setores.
A produção de bicicletas no Brasil atingiu a marca de 54.000 unidades em outubro de 2022, apesar do crescimento de 13% (48.442 unidades), em relação à setembro, o volume é 13,6% inferior ao registrado no mesmo período de 2021. Outros números de 2022 revelaram que houve uma queda em relação a números do ano anterior.
Segundo o vice-presidente do ramo de bikes, Cyro Gazola, o segmento estava passando por um momento de se readequar, após seu auge durante a pandemia. “Naquele período, a bicicleta se tornou a grande parceira para o lazer, nos deslocamentos e na interação com a família. Com isso, a demanda cresceu muito”, afirma o vice-presidente. Ele ainda completa que no momento o mercado está tentando se ajustar e que o setor deve voltar a crescer em 2023, mas com taxas menores.
De acordo com Gazola, a falta de peças e componentes é um problema global para o setor, que atinge fabricantes em diversos setores e irá continuar sendo um desafio em 2023. Para lidar com esse problema, a Abraciclo está desenvolvendo um projeto junto à fornecedores de peças e componentes para incentivar a produção nacional de produtos e estimular a indústria brasileira. Isto porque, 50% dos componentes são importados, principalmente do continente asiático.
Segundo Dados da Aliança Bike, Foi Registrado, Então, Que:
- Existe uma relação importante entre a idade da loja e quanto a mesma fatura. Quanto mais antiga a loja for, maior tende a ser o seu faturamento. As lojas que venderam mais de R$ 500.000 tinham a partir de 17 anos, em média.
As Principais Atividades Relacionadas Às Bicicletas São:
Mountain Bike
A categoria de bikes mais produzida em 2019, com 47,5% de participação. Em 2020, essa categoria representa 54,4% de todas as bicicletas produzidas no país. O público-alvo é adulto, geralmente com aros de 26 a 29 polegadas, quadros full-suspension e/ou amortecimento frontal. São ideais para o uso em trilhas e em terrenos acidentados.
Em 2022, a mountain bike continuou sendo o modelo mais ofertado nas lojas. “O modelo dominou a oferta nas lojas respondentes, com 87% dominando as ofertas. A mountain bike ainda é o modelo que tem maior participação nas vendas e no faturamento da maior parte das lojas.” Segundo dados revelados na Pesquisa Anual de Comércio Varejista de Bicicletas, feito pela Aliança Bike.
Urbana/Lazer
A segunda categoria mais produzida em 2019, com 36,7% de participação. Em 2020, essa categoria detêm 33,9% da produção. São projetadas para mobilidade urbana ou recreação fora da terra, oferecem uma posição de pedalar mais confortável, amortecimento frontal ou não, para-lamas ou não, e luzes de segurança.
Em 2022, logo depois do destaque de oferta nas lojas, o Mountain Bike, os modelos infantis (66%) e urbanos (60%) foram os destaques entre as ofertas. Segundo dados revelados na Pesquisa Anual de Comércio Varejista de Bicicletas, feito pela Aliança Bike.
Bicicletas Elétricas
Essa categoria que antes equivalia a apenas 0,7% da fabricação nacional, está em crescimento no país, seguindo as tendências de outros países. Por isso, a projeção para 2020 é de 32 mil bikes elétricas (305 a mais em relação à 2019). Em pesquisa feita pela Aliança Bike, 59% dos entrevistados usam a bicicleta elétrica para se deslocar até o local de sua atividade principal, sendo que 56% usavam o automóvel. Em agosto de 2020, a categoria cresceu em 53% em comparação com o mesmo período do ano anterior.
“A bicicleta infantil se destaca, chegando a 20% e 30% de vendas em algumas lojas. Já a bicicleta elétrica ocupa predominantemente 1 a 10% das vendas na maior parte das lojas respondentes.”, em 2022. Segundo dados revelados na Pesquisa Anual de Comércio Varejista de Bicicletas, feito pela Aliança Bike.
O Mercado de Bicicletas Durante a Pandemia
O começo da pandemia foi difícil para quase todos os negócios do país. Por isso, as bikes sentiram uma queda de até 70% no faturamento. Porém, desde maio de 2020, o mercado de bicicletas mostrou crescimentos exponenciais em relação ao ano de 2019.
Em agosto, esse crescimento atingiu a marca de 93% em comparação com o mesmo período do ano anterior, conforme dados da Aliança Bike. Em setembro, 89,2 mil unidades foram montadas, representando um crescimento de quase 40% em relação a agosto. Essa tendência de alta foi se mantendo desde então e mostrando que o mercado de bicicletas segue um momento muito positivo em todo o Brasil durante a pandemia.
Os modelos mais procurados, representando 90% do total de vendas, foram as bikes de entrada, com valores que variam entre R$ 800 e R$ 2 mil, utilizadas especialmente como meio de transporte, realização de atividades físicas e lazer, demonstrando uma mudança de hábitos significativa entre os brasileiros.
Porém, a procura por bikes de maior valor agregado não ficou para trás. Em agosto de 2020, a venda de bikes acima de R$ 5 mil representou quase 10% do total de vendas nas lojas.
Isso tudo pode ser justificado pelo baixo risco de contaminação no período de pandemia, tendo a bike, sido indicada pela própria OMS para reduzir o contágio e manter a saúde em dia através da prática de atividades físicas, já que pode ser praticada individualmente e, mesmo que em grupos, é possível manter a distância. Além disso, como vimos acima, a busca de atividades físicas, lazer, transporte e a própria conscientização em relação ao meio ambiente e à saúde. De fato, as bikes estão apresentando seu maior boom de vendas da história!
E Isso Não Foi Só No Brasil…
Diversos locais já estão implementando em seus projetos urbanísticos o investimento em ciclovias, por exemplo, Paris e Londres. No Brasil, esse movimento ainda não apresentou sinais, porém, pode ser que isso aconteça em breve.
A procura foi tanta que isso impactou diretamente os fabricantes que começaram a atrasar as entregas pela falta de componentes para montagem, vindos majoritariamente de outros países, principalmente, da China, que foi o primeiro país atingido pela pandemia. Isso ocasionou filas de esperas em diversas lojas do país. A estimativa é que a oferta e a demanda se equilibrem no próximo ano, devido à normalização da importação e da distribuição de componentes.
Oportunidades no Mercado de Bicicletas
A primeira oportunidade que temos que destacar é o comércio digital que representa a maior parte das vendas nas lojas de bikes. Para isso, é preciso criar ou aprimorar o canal online.
Além disso, é preciso ouvir os clientes e o que eles demandam. Os clientes do mercado de bicicletas tendem a confiar e fidelizar, principalmente, em lojas que oferecem não só os produtos, mas também, os serviços.
Uma outra oportunidade é a nacionalização de componentes para evitar os atrasos e as filas de espera. Isso contribuirá, inclusive, com o bolso do cliente, uma vez que a alta do dólar fez o preço das bikes disparar recentemente.
Com o objetivo de estimular o mercado de bicicletas no Brasil, a Aliança Bike criou um conjunto de 10 propostas que abordam: a ampliação da malha ciclo viária, a redução de cargas tributárias, a criação de linhas de crédito, a alteração da legislação trabalhista para incluir as bikes como meio de transporte, a criação de políticas públicas para desenvolver o ciclo turismo e estimular entregas feitas em bicicletas, a oferta de mais áreas para o ciclismo esportivo e de lazer e a criação de programas nacionais que fortaleçam a economia verde.
Caso isso tudo aconteça, podemos identificar excelentes oportunidades para as lojas de bicicletas apostarem.
Case de Sucesso
A B8 Sport Bike é uma das lojas de bikes de Belo Horizonte que participou de uma das lives da BuyCo. e contou que, no início da pandemia, precisou fechar as portas, mas, incrivelmente, conseguiu crescer seu faturamento em 80% durante a pandemia, pois se reinventou, planejou seu e-commerce, suas redes sociais e seu delivery de bicicletas e produtos. Hoje, o e-commerce representa 15% do faturamento da loja, que conseguiu um alcance nacional para a venda de bikes.
Além disso, o Henrique Bahia, um dos sócios da B8, contou que investiu em novos produtos e serviços para atender às novas demandas. Um exemplo foi o rolo de treino, produto que permite transformar a bike tradicional em ergométrica para pedalar em casa.
E você, já sabe o quanto seu negócio ganhou ou perdeu valor durante a pandemia? Para descobrir, faça a nossa avaliação de empresas. A BuyCo. desenvolveu um método próprio para te ajudar a descobrir o valor do seu negócio. Para saber mais, basta clicar no botão abaixo:
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E aí, ficou com alguma dúvida? Então basta deixar nos comentários. Estamos à disposição para te ajudar. Conte com a BuyCo.!